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"NÃO SOMOS UM CENTRO DE PRODUÇÃO, NÃO SOMOS UMA EMPRESA VOLTADA PARA O LUCRO, SOMOS IGREJA. UMA COMUNIDADE DE PESSOAS QUE VIVEM NA FÉ. NOSSA TAREFA É VIVER... EM RELAÇÃO PROFUNDA COM CRISTO" (Papa Bento XVI)

sábado, 30 de julho de 2011

DEUS VIROU MERCADORIA!


Vivemos em um tempo onde o consumismo é supervalorizado, a ponto de determinar os valores: as coisas que as pessoas possuem e consomem as determinam quem são. Tudo tornou-se mercadoria: o ser humano, a terra, as sementes, a vida e até Deus.
Os lugares tradicionais de sociabilidade como trabalho, praças, cafés, sindicatos e também a Igreja predem seu espaço para o individualismo exacerbado; pode-se conseguir “tudo sozinho”. A realidade reduz-se a si mesmo. Esvazia-se as alteridades. A imagem de Deus fica refém do homem consumidor.
A religião é buscada por necessidade de cura, crescer financeiramente, segurança, superar angústias, reconquistar o “amor” que perdeu e tantas outras necessidades que possam aparecer. Nessa corrida a religião não é a única opção, ela concorre com especialistas das ciências humanas, terapias de autoajuda, alternativas de saúde física e mental e outros.
Se na necessidade do momento Deus for útil recorre-se a ele, se não, vai-se às outras opções, aliás, paga-se caro e muito caro às vezes para que Deus resolva sua situação. Quantas vezes tenta-se comprar a salvação! Há os que garantem que Deus resolve tudo, e rápido! Não é atoa que o mercado religioso é promissor, basta um pequeno investimento, talvez uma “iluminação” do além, uma publicidade informal e a disponibilidade ao atendimento de pessoas buscando aconselhá-las e cativá-las. Geralmente é algo muito novo e diferente, mas com elementos da religiosidade tradicional, de modo que o produto à venda “Deus” ou seu “milagre” não é tão novo ou desconhecido assim.
Sabe-se que o marketing preocupa-se diretamente com a venda eficiente dos produtos. Para vender o mercado procura seduzir, encantar e manipular os seus clientes. Nas religiões, há ocasiões que acontece exatamente isso. Cada grupo procura vender um “Deus” mais atraente e conquistar sempre mais “clientes”.
Na verdade, na religião, cada momento da vida, cada ideia e cada gesto só encontra seu sentido fora de si mesmo. Fica-nos uma pergunta: O que será da verdadeira e pura religiosidade, ou mesmo de “Deus”, numa sociedade altamente individualista e consumista como a nossa?
Certamente, Deus terá seus caminhos para continuar sendo o Senhor de todos e da história. Aliás, se olharmos atentamente é fácil perceber os grandes sinais que expressam a soberania de Deus no mundo hodierno. Há algo duradouro e eterno que precisa, urgentemente, ser respeitado. Caso contrário, o ser humano tornar-se-á sempre mais escravo de si mesmo e a sociedade sempre mais doente.

Diác. José Renato Peixinho

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